Homem- Máquina
“Eu teria que escolher minhas roupas sem saber a previsão do tempo. Isso era insano.”
O livro foi publicado em 2009 e escrito por Max Barry, aqui no Brasil chegou pela editora intrínseca e nos conta a história de Charles Neumann um engenheiro que trabalha em um avançado laboratório de pesquisas e acaba sofrendo um acidente e perde uma perna, vendo então uma oportunidade para aprimorar seu corpo humano frágil, começa a construir uma nova para si.
Charles é solitário usa muito seu celular, que, aliás foi a causa de seu acidente que o fez perder a perna. Ele acaba criando para si uma perna nova, contudo nota que a sua perna nova é muito mais eficiente e começa a ter pensamentos sobre aprimorar o resto do seu corpo com partes mecânicas também.
A história é contada com um senso de humor constante, Charles constantemente faz coisas engraçadas ou pensa em coisas engraçadas, que para ele podem até ser sérias, mas para nós leitores é humor, pois o livro funciona como uma sátira do homem atual e sua dependência constante de tecnologia, a final, Charles perdeu sua primeira perna procurando seu celular.
Lola Shanks acaba conhecendo Charles, ela é uma especialista em próteses mecânicas e apaixonada por elas, e acaba por desenvolver um romance com ela, o que te leva a questionar se ela é apaixonada pelo homem ou as partes mecânicas dele. Mais uma vez fazendo uma crítica a sociedade e seu amor por máquinas e seu afastamento das pessoas reais.
A narrativa basicamente mostra como Charles vai se alterando mais e pessoas começam a se interessar pelo que ele está fazendo, pois ele passa ser mais forte, mais rápido, mais resistente, como uma arma, levando pessoas a quererem ele e sua tecnologia.
O livro não é perito em deixar a narrativa muito ágil e o romance não é dos melhores, contudo a sátira e o humor pesam positivamente para o livro, além de você querer saber o que vai acontecer com Charles, qual o limite de suas aprimorações. Uma leitura recomendada.