Alice - No País das Maravilhas
Em Alice no País das Maravilhas, acompanhamos as aventuras confusas de Alice, uma garota que tem por volta de 10 anos, deitada em um grande campo com sua gata Dinah, avista um coelho branco de terno e com um relógio que não para de gritar o quão está atrasado.
(foto autoral)
Ela acha aquilo muito incomum (convenhamos: é um coelho que fala e usa terno) e decide seguir o animal que se esconde em um buraco. Alice então, resolve entrar e continuar perseguindo o coelho (mesmo sem pensar como ela sairia do buraco depois). Deixando sua gata para trás, ela cai em um profundo buraco extremamente confuso onde existem prateleiras, cadeiras, livros, xícaras.... Todos caindo e não caindo ao mesmo tempo (isso faz sentido?). Alice grita muito até perceber que está caindo lentamente e resolve aproveitar o tempo para observar os objetos a sua volta no buraco e fazer reflexões, até que chega ao chão sem se machucar.
Seguindo o coelho, ela encontra uma sala com uma portinha, uma mesa de vidro e uma chave em cima dela. Após tentativas de atravessar a porta, (sem sucesso por culpa do seu tamanho), nossa protagonista encontra um vidro escrito "Beba-me" (alerta: NÃO FAÇAM IGUAL A ALICE PELO AMOR DE ZEUS), bebendo o líquido ela encolhe o suficiente para passar pela porta, mas... a chave fica em cima da mesa.
Após várias seções "de encolhe" e "estica", conversar e amedrontar o pobre rato, competições com corujas, galinhas e outras aves, a aventura da menina fica cada vez mais maluca com cartas de baralho, “falsas tartarugas”, e um julgamento sem sentido. Como o gato Cheshire diz: “Eu sou louco, você é louco, tomos somos loucos! Se não fossemos loucos não estaríamos aqui.”
Alice no País das Maravilhas é um livro viciante, porém, precisa ser lido com cautela, as palavras não são tão atuais (já que o livro foi escrito em 1865 em Londres) e a viagem do autor é muito grande. O livro pode parecer confuso, mas é prazeroso de se ler já que é uma aventura (MUITO) psicodélica vista pelos olhos de uma criança que acha tudo aquilo engraçado e meio...normal?
Uma das coisas mais interessantes no livro são as reflexões da Alice. Diversas vezes essa a reflexões parecem confusas mas se prestarmos atenção elas fazem um grande sentido. A partir do momento que ela é exposta a uma realidade muito maluca, ela começa a pensar sobre o mundo em que vive. Outra coisa interessante é o envolvimento que temos com Alice no livro, seja de medo de que ela não saia daquele lugar ou que aconteça alguma coisa com ela, ou nervoso (SIM, NERVOSO). Acho que esse foi um dos livros em que mais passei nervoso com a personagem principal (porque passar raiva com o protagonista é normal né queridos), talvez pelo fato de que ela é uma criança muito "xereta" ou porque as vezes ela não pensa no que fala, e comete os mesmos erros o tempo todo... (ok, acho que a Alice somos nós).
Resumindo, é um livro muito maravilhoso de ler principalmente para quem assistiu a animação de 1951 da Disney e os dois filmes "Alice no País das Maravilhas"- de 2010, e "Alice através do espelho"- de 2016. Ficam clara as diferenças entre as obras originais como os personagens, cenas e a própria aventura em si em comparação com as adaptações para cinema. (Alice através do espelho fica para a próxima ok?).
Alice é um livro que vale a pena de ler sem dúvida nenhuma, é maravilhoso livros que nos tiram completamente da realidade, e este com certeza é um deles.